Para quem não a conhece ou não se lembra de quem seja, já que anda mais em baixa que as ações de empresas de eventos de grande porte, Gleisi Hoffmann é – costumava ser, coitada – aquela soldada aguerrida e fiel do lulopetismo, que se comportava de maneira histriônica e geralmente agressiva em defesa de sua grei e nos ataques aos adversários políticos.

O histrionismo é assim definido: “condição de saúde mental que afeta a maneira como uma pessoa pensa, percebe o mundo e se relaciona com os outros. Uma pessoa com transtorno de personalidade histriônica busca ser o centro das atenções, fala de forma dramática, tem opiniões fortes, é facilmente influenciada, muda facilmente de humor e acredita ter relações mais próximas do que elas realmente são”. Ai, ai… Mais Gleisi que isso, impossível, hehe.

A deputada petista tem se posicionado favoravelmente ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Surpresa nenhuma, novidade nenhuma! Desde a redemocratização, o PT quis o impeachment – ou simplesmente a destituição – de absolutamente todos os presidentes eleitos que não fossem do partido. Foi assim com Sarney, Collor, FHC e Temer (mesmo que este tenha sido eleito na chapa de Dilma Rousseff). E, ainda que tenha absoluta razão desta vez, não deixa de ser irônico e hipócrita seu comportamento.

Bolsonaro, não fosse o Brasil, o Brasil, não só já estaria afastado da Presidência como preso (por oferecer risco à ordem pública), e à espera do julgamento de dezenas de crimes que já cometeu: de incitação à ruptura da ordem democrática ao boicote insistente e permanente do combate à Covid-19. O amigão do Queiroz, na minha opinião, é execrável em todos aspectos políticos e humanos, além de representar enorme perigo para brasileiros crentes em teorias estúpidas e crendices das mais variadas sobre o coronavírus.

Contudo, para quem, como Gleisi Hoffmann – ex-esposa de Paulo Bernardo, ministro de Lula e Dilma, preso e acusado de roubar parte da aposentadoria dos velhinhos – até hoje chama de “golpe” o processo de impeachment da nossa eterna estoquista de vento e saudadora de mandioca, defender o impedimento do devoto da cloroquina (eleito democraticamente por quase 60 milhões de brasileiros) não me parece coerente, justificado ou muito menos justificável. Mas desde quando isso importa para os petistas, não é verdade?