A União Europeia enviou dois diplomatas à Venezuela para dar continuidade aos contatos com o governo, com a oposição e com a sociedade civil do país e para discutir formas de realizar eleições legislativas “justas e livres”, anunciou a diplomacia europeia nesta sexta-feira.

“Não é uma missão clandestina, e nunca foi”, disse a porta-voz do alto representante da UE para as Relações Exteriores, Josep Borrell.

O anúncio foi uma resposta às acusações lançadas na véspera por deputados conservadores em Bruxelas, liderados pelo alemão Manfred Weber, que sugeriu que uma missão “clandestina” enviada por Borrell visava “legitimar” o governo de Nicolás Maduro.

“É uma missão de dois diplomatas do Serviço de Ação Estrangeira”, esclareceu Nabila Massrali, porta-voz de Borrell, nesta sexta-feira.

Os dois diplomatas, acrescentou, vão ter encontros com “interlocutores do governo, da oposição, da sociedade civil, do setor privado e da Igreja” da Venezuela para discutir as eleições marcadas para 6 de dezembro, explicou.