UE e Japão anunciam pacto econômico e de transição energética

BRUXELAS, 23 JUL (ANSA) – A União Europeia e o Japão anunciaram nesta quarta-feira (23) um pacto de cooperação econômica e transição energética, que, dentre outros pontos, visa combater a “coerção econômica e o comércio desleal”.   

Em comunicado conjunto, as partes informaram que a “Aliança para a Competitividade”, assinada em Tóquio, é baseada em três pilares: “aumentar o comércio bilateral; fortalecer a segurança econômica, o que incluiu a cooperação em cadeias de fornecimento de matérias-primas; e colaborar na inovação e na transição verde e digital”.   

O bloco e o país asiático, que mantêm relações econômicas “nos últimos 50 anos”, também frisaram que a nova parceria seguirá contribuindo com a “manutenção e o fortalecimento de uma ordem econômica estável, previsível, livre, justa e baseada em regras”.   

“Reiteramos a importância da cooperação entre a UE e o Japão no apoio ao sistema de comércio multilateral livre e baseado em regras, com a Organização Mundial do Comércio (OMC), bem como na promoção de outros esforços de cooperação multilateral de modo a assegurar condições equitativas de concorrência através dos nossos esforços coordenados”, esclareceu a nota.   

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quarta que a aliança com Tóquio deve ainda “combater a coerção econômica e as práticas comerciais desleais”.   

“Estamos fortalecendo nosso diálogo econômico de alto nível para garantir cadeias de suprimentos robustas, especialmente para matérias-primas e baterias. Isso também inclui o fortalecimento da economia circular, a garantia de estruturas para pesquisas conjuntas e uma proteção mais forte da infraestrutura crítica, tanto física quanto cibernética”, acrescentou Von der Leyen.   

Já o presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse em coletiva de imprensa em Tóquio que “no complexo ambiente geopolítico atual, UE e Japão se erguem como um modelo de princípio de cooperação confiável”.   

“A segurança europeia está interconectada com a segurança do Indo-Pacífico”, destacou Costa. (ANSA).