UE e Itália demonstram apoio a cessar-fogo entre Israel e Irã

ROMA, 24 JUN (ANSA) – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, declararam apoio ao cessar-fogo entre Israel e Irã anunciado na última segunda-feira (23) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda que as partes tenham denunciado violações na trégua.   

“A Europa acolhe com satisfação o anúncio de cessar-fogo do presidente Trump. Trata-se de um passo importante para restaurar a estabilidade em uma região sob tensão. Esta deve ser a nossa prioridade coletiva”, afirmou Von der Leyen no X, ressaltando ainda que convida “o Irã a se empenhar seriamente em um processo diplomático crível”.   

Posicionamento semelhante teve a Itália com a notícia da trégua, sobre a qual Tajani espera “que possa ser respeitada”.   

“Isso [o anúncio de cessar-fogo] traz um suspiro de alívio inclusive aos nossos cidadãos que vivem naquela parte do mundo”, disse o vice-premiê italiano ao Mattino Cinque News.   

O ministro também voltou a oferecer Roma “como lugar para uma reunião” de negociações, “assim como aconteceu por duas vezes entre Omã, Irã e Estados Unidos”, disse Tajani, referindo-se às tratativas sobre o programa nuclear iraniano entre Teerã e Washington que ocorreram na capital italiana com mediação de Mascate, mas que não avançaram a um acordo.   

Tajani também atualizou o número de italianos repatriados do Irã ontem: 80 cidadãos do país europeu deixaram o território persa via Azerbaijão. Mais cedo, a Farnesina havia anunciado um comboio com 67 pessoas com passaporte da Itália.   

“Tentamos retirar o maior número possível de italianos de Teerã. Também reduzimos o número de funcionários na embaixada, que ainda permanece aberta”, explicou.   

Em relação à repatriação de italianos de Israel, na última segunda-feira (23) a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, informou que “um comboio com 122 pessoas [com cidadania italiana] deixou Israel e chegou ontem [domingo, 22] ao Egito, de onde foram repatriados”. (ANSA).