UE diz que COP30 deve cumprir promessas aos países vulneráveis

BRUXELAS, 6 NOV (ANSA) – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta quinta-feira (6) que a COP30 de Belém, no Pará, precisará cumprir as promessas feitas aos países mais vulneráveis aos “efeitos devastadores das mudanças climáticas”.   

Em seu discurso na Cúpula de Líderes, que antecede o início da conferência, a líder europeia destacou que o megaevento será importante para fortalecer a meta de “triplicar as energias renováveis”.   

“Esta COP deve ser aquela que mantém a meta de 1,5 grau ao nosso alcance, que fortalece nossa determinação em triplicar as energias renováveis e dobrar a eficiência energética até 2030, e que cumpre as promessas feitas aos países mais vulneráveis aos efeitos devastadores das mudanças climáticas”, disse Von der Leyen em Belém.   

A belga garantiu que a União Europeia segue firme em relação às metas climáticas e ofereceu apoio aos seus parceiros “para que façam o mesmo”.   

“Faremos a nossa parte para garantir o sucesso desta COP30.   

Estamos aqui para redobrar nossos compromissos, acelerar ainda mais nossa implementação, preencher as lacunas restantes, fortalecer nossas parcerias e alcançar progressos concretos”, destacou.   

Já o presidente do Conselho Europeu, António Costa, avaliou que a conferência no Pará ocorre em um momento decisivo da luta global contra as mudanças climáticas.   

“A janela de oportunidade para agir e evitar impactos irreversíveis sobre a humanidade e a natureza está se fechando rapidamente. A ameaça existencial representada pelas alterações climáticas reforça o compromisso inabalável da União Europeia com o Acordo de Paris”, declarou o português, que também está no Pará.   

Costa acrescentou que, entre 1990 e 2023, as emissões líquidas de gases de efeito estufa na UE diminuíram 37%, enquanto a economia do bloco cresceu 68%.   

“Estamos convictos de que este é o caminho a seguir para reduzir as emissões em 55% até 2030 e alcançar a neutralidade climática até 2050. Esta é a nossa ambição”, concluiu. (ANSA).