O Parlamento Europeu e os países da UE devem anunciar na noite desta quinta-feira (22) a cidade sede da futura agência da União Europeia contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.

A autoridade de prevenção à lavagem de dinheiro, designada pelo seu acrônimo em inglês AMLA (‘Anti-money laundering Authority’), será responsável por supervisionar e coordenar as autoridades nacionais para detectar e combater de forma efetiva as atividades financeiras transfronteiriças questionáveis.

As cidades candidatas são Madri, Paris, Bruxelas, Frankfurt, Dublin, Roma, Riga, Vilnius e Viena. A eleita deverá receber cerca de 250 funcionários da AMLA.

A escolha da sede deu origem a complexas negociações entre os países-membros no seio do Conselho Europeu, assim como acontece com todas as agências da UE.

Pela primeira vez, os eurodeputados terão participação no procedimento.

No total, estão atribuídos 27 votos aos eurodeputados, com uma distribuição entre os diferentes grupos políticos de acordo com o seu tamanho. Os 27 países-membros também terão um voto cada.

A votação final será secreta. Outras rodadas talvez sejam necessárias para alcançar a maioria simples requerida de 28 votos.

A AMLA supervisionará diretamente cerca de quarenta estabelecimentos de crédito e instituições financeiras consideradas de maior risco, incluindo prestadores de serviços financeiros e criptoativos.

Também terá um papel crucial para evitar a evasão de sanções financeiras, como as adotadas contra a Rússia.

As atividades financeiras suspeitas representam cerca de 1% do PIB da UE, ou cerca de 130 bilhões de euros (aproximadamente R$ 690,1 bilhões), de acordo com a agência europeia de polícia Europol.

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