A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), anunciou nesta quarta-feira (13) o desbloqueio de pagamentos à Hungria de até 10,2 bilhões de euros (US$ 11 bilhões, ou R$ 54,6 bilhões na cotação atual), na véspera de uma cúpula crucial para o bloco.

A Comissão considerou que a reforma judicial empreendida na Hungria atendeu a preocupações sobre independência dos juízes.

Como moeda de pressão, a Hungria vem bloqueando um aumento nas ajudas da UE à Ucrânia, assunto que será discutido na cúpula que acontece em Bruxelas nestas quinta e sexta-feiras.

Além disso, a reunião deve expressar uma posição sobre a abertura formal de negociações com a Ucrânia para sua adesão à UE, um gesto que também poderá ser estendido à Moldávia. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, já manifestou, no entanto, sua oposição à abertura destas negociações.

Momentos depois do anúncio desta quarta-feira, o eurodeputado verde alemão Daniel Freund argumentou na rede X que a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, estava “pagando o maior suborno da história da UE”.

“O sinal que envia é desastroso”, disse ele, porque “a extorsão de Orban dá resultado”.

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