A União Europeia (UE) anunciou sanções ao grupo paramilitar russo Wagner, assim como contra oito pessoas e três empresas vinculadas a esta, por “ações de desestabilização” realizadas na Ucrânia e em vários países africanos, informaram à AFP várias fontes europeias.
A decisão foi aprovada por unanimidade pelos ministros das Relações Exteriores dos 27 membros do bloco, reunidos em Bruxelas. Para entrar em vigor deve ser publicada no Diário Oficial da UE.
As sanções contra estas pessoas e empresas consistem na proibição da concessão de vistos e no congelamento de seus ativos na UE.
“Wagner é uma empresa militar privada russa, que é utilizada para desestabilizar a segurança na Europa e em outros países vizinhos, sobretudo na África”, afirmou um diplomata europeu.
As atividades do grupo Wagner foram registradas em vários países da África subsaariana nos quais a Rússia está presente, em particular Mali e República Centro-Africana, mas também opera na Líbia, Síria e Ucrânia, de acordo com uma fonte europeia.
Os ministros das Relações Exteriores do bloco também aprovaram nesta segunda-feira um marco jurídico que permite à UE “punir aqueles que obstruem a transição que acontece atualmente no Mali”.