BRUXELAS, 18 JUL (ANSA) – A União Europeia anunciou nesta sexta-feira (18) o 18º pacote de sanções contra a Rússia, que prossegue com a guerra na Ucrânia. O Reino Unido se uniu ao bloco nas restrições ao petróleo contra Moscou.
O acordo inclui novas medidas significativas em diversos setores, atingindo também o de petróleo com a introdução de um teto para o preço do petróleo, fixando o valor 15% abaixo do preço médio de mercado do petróleo bruto russo.
As sanções incluem também a proibição total ao sistema bancário Swift, com o dobro de bancos russos adicionados à lista negra. Além disso, o acesso russo a tecnologias avançadas ficará mais restrito, ao mesmo tempo que o número de navios da chamada “frota sombra” ultrapassará 400 embarcações a serem vetadas.
Também ficará proibida a importação de produtos petrolíferos refinados derivados do petróleo bruto russo produzido em qualquer país terceiro (exceto Noruega, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Suíça).
“Estamos atacando o coração da máquina de guerra russa, visando os setores bancário, energético e militar-industrial, e incluindo um novo teto dinâmico para o preço do petróleo. A pressão continua. E continuará assim até que [Vladimir] Putin ponha fim a esta guerra”, escreveu no X a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Mensagem semelhante foi anunciada também pelo presidente da Comissão Europeia, António Costa, que disse que o apoio da UE a “uma paz justa e duradoura na Ucrânia é inabalável”.
O governo britânico de Keir Starmer se uniu ao bloco europeu na decisão de baixar o teto do valor do petróleo bruto de forma a atingir Moscou. Segundo nota oficial, o “objetivo é parar a máquina de guerra russa e atingi-la no peito”. O anúncio de Londres chega após a ilha impor novas sanções contra os serviços de inteligência russos, que atingiu três unidades e 18 oficiais.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu aos líderes europeus pelas novas sanções, definindo o 18º pacote como “uma decisão essencial e oportuna, especialmente agora que a Rússia intensificou a brutalidade dos seus ataques contra as nossas cidades e vilarejos”.
Moscou também se manifestou sobre as mais recentes penalidades contra si, chamando-as de “ilegais”.
“Já dissemos várias vezes que consideramos tais restrições unilaterais ilegais e nos opomos a elas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. (ANSA).