Ucrânia reforça pedido de apoio a Vaticano para ‘alcançar a paz’

ROMA, 26 ABR (ANSA) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou em seu perfil no X neste sábado (26) que teve um encontro com o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, pedindo a este que continue a apoiar Kiev para “alcançar a paz”.   

“Nossa conversa se concentrou, em particular, no caminho para uma paz justa e duradoura, bem como nos esforços da Ucrânia, dos Estados Unidos e da Europa para estabelecer um cessar-fogo total e incondicional”, escreveu o chefe de Estado ucraniano, referindo-se à guerra em curso em seu país, que completou três anos da invasão russa em fevereiro.   

Na mensagem que acompanha algumas imagens de Zelensky no Vaticano neste sábado, ele ainda disse “ser grato pelo apoio ao direito da Ucrânia à autodefesa e ao princípio de que os termos da paz não podem ser impostos ao país vítima”.   

“Confiamos na Santa Sé para continuar a nos ajudar a unir esforços internacionais para alcançar a paz, devolver as crianças ucranianas deportadas para a Rússia e libertar prisioneiros”, concluiu o mandatário de Kiev, que às margens do funeral do papa Francisco ocorrido hoje, conversou com diversos líderes internacionais, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, além de seu homólogo na França, Emmanuel Macron.   

Zelensky, que visitou o papa Francisco em outubro no Vaticano, presenteando o pontífice com uma pintura a óleo representando o Massacre de Bucha, cidade palco de possíveis crimes de guerra durante o período de ocupação russa, lamentou a morte de Jorge Bergoglio ocorrida na última segunda-feira (21).   

“Ele sabia dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos. Choramos junto aos católicos e a todos os cristãos que buscaram apoio espiritual no papa Francisco”, disse Zelensky após a notícia do falecimento do líder da Igreja Católica.   

(ANSA).