O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia convocou, nesta terça-feira (22), o embaixador da China para lhe expressar sua “preocupação” sobre a presença, segundo Kiev, de combatentes chineses no Exército russo e a ajuda de empresas chinesas a Moscou para fabricação de material militar.
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky garantiu que havia pelo menos 155 chineses lutando com o Exército russo, dois dos quais foram detidos pela Ucrânia. Também afirmou possuir “informação” de que a China está fornecendo armas à Rússia.
Pequim negou na semana passada ter fornecido armas à Rússia.
A chancelaria ucraniana convocou o enviado chinês em Kiev, Ma Shengkun, pelas acusações e apresentou “provas” que as respaldavam, segundo o ministério.
“O vice-ministro de Relações Exteriores, Yevhen Perebyinis, destacou que a participação de cidadãos chineses nas hostilidades contra a Ucrânia do lado do Estado agressor, bem como o envolvimento de empresas chinesas na produção de material militar na Rússia, são motivo de grave preocupação e contradizem o espírito de associação entre Ucrânia e China”, indicou a pasta em nota.
“Os serviços especiais ucranianos mostraram provas desses fatos à parte chinesa”, acrescentou.
Lin Jian, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, declarou na sexta-feira que Pequim “nunca forneceu armas letais a nenhuma das partes em conflito e controla com rigor os produtos de uso duplo”, militar e civil.
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