ROMA, 26 MAI (ANSA) – As forças russas teriam sequestrado pelo menos 230 mil crianças desde o início da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro, informou Sergiy Dvornyk, conselheiro da missão do país na Organização das Nações Unidas (ONU).   

“O sequestro de pelo menos 230 mil crianças ucranianas, entre os 1,4 milhão de cidadãos do país deportados à força para a Rússia, é um crime destinado a destruir a Ucrânia”, disse o diplomata durante um debate realizado na última quarta-feira (25) na sede da ONU.   

Em seu discurso, Dvornyk lembrou que dezenas de milhares de civis morreram e muitos outros ficaram feridos pelos ataques russos. Além disso, o conselheiro afirmou que quase 220 mil pessoas perderam suas residências e milhões de ucranianos foram forçados a fugir das áreas ocupadas ou afetadas pela guerra.   

“Não temos dúvidas de que nas estratégias de guerra russas esta crise de refugiados é considerada um dos resultados positivos.   

Assassinatos, tortura e detenção ilegal, deportações forçadas, privação de direitos de propriedade, violações alarmantes dos direitos humanos nos territórios ocupados, ataques à infraestrutura civil em toda a Ucrânia e expropriação de grãos de agricultores locais, e esta não é uma lista completa de crimes russos contra civis na Ucrânia”, acusou o diplomata.   

Um levantamento feito pelo Ministério Público da Ucrânia, citado pela “Ukrinform”, apontou que pelo menos 240 crianças foram mortas desde o início da invasão russa. A pasta ainda indiciou que os dados não são definitivos devido às hostilidades em andamento no país.   

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As duas últimas crianças que perderam a vida estavam em carros civis atingidos por bombas na região de Mykolaiv. O maior número de vítimas foi registrado nas regiões de Donetsk, Kiev, Kharkiv e Chernihiv. (ANSA).   


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