O Uber criou áreas exclusivas para passageiros do aplicativo no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Com o novo modelo, todas as viagens iniciadas no terminal terão taxa de R$ 4,50, valor que será repassado à concessionária do aeroporto.

Indicado por um totem onde se lê “Uber, embarque e desembarque”, o ponto começou a funcionar nesta terça-feira, 12. Nos Terminais 2 e 3, o local está na área de embarque. Já no Terminal 1, fica na saída principal. Grande parte dos passageiros ouvidos pela reportagem ainda não sabia da novidade.

Segundo o Uber, a mudança vai permitir aos motoristas que deixam um usuário no aeroporto “serem rapidamente conectados” a outro usuário que sai do mesmo local. Foi o caso do motorista Gerson Rodrigues, de 44 anos, que deixou um passageiro e, segundos depois, recebeu aviso de chamada. “Já estava saindo do aeroporto quando o aplicativo me informou que tinha corrida nova”, conta. “Era complicado ficar muito tempo na região porque logo éramos multados.”

Com as mudanças, diz a empresa, passageiros devem conseguir um carro, em média, em prazo inferior a cinco minutos após a solicitação. Alguns usuários, porém, tiveram problemas nesta terça.

A estudante Karen Favachi, de 20 anos, esperou 15 minutos por uma confusão do motorista. Ela estava na nova área exclusiva do Terminal 2, no portão de embarque D, e o aplicativo informava que o motorista estava no mesmo local. “Mas ele, na verdade, estava exatamente embaixo de mim, na parte do desembarque. É coisa de primeiro dia, né? Acho que com o tempo eles acabam acostumando e sabendo qual é o ponto certo de pegar os clientes.”

Procurado, o Uber não respondeu se vai adotar equipe de orientação para os usuários nos locais de encontro.

Rio

No Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, o Uber atende passageiros em um espaço próprio situado no estacionamento do shopping Bossa Nova Mall, que é anexo do aeroporto.

Em 29 de novembro, a área usada pelo Uber no terminal carioca foi atacada por cerca de cem taxistas, durante protesto que terminou em violência. Um motorista foi agredido, e monitores de televisão, geladeiras e veículos foram depredados.

Depois disso, porém, não houve mais confrontos. O espaço para espera e embarque de passageiros continua funcionando. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.