NOVA YORK, 9 JAN (ANSA) – Nem 24 horas após retomar o controle de sua conta no Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viu seu perfil ser suspenso de maneira permanente na rede social no fim da noite desta sexta-feira (08).
Segundo informou o Twitter, “após uma análise cuidadosa dos tuítes recentes do @realDonaldTrump e do contexto em torno deles, suspendemos permanentemente a conta devido ao risco de mais incitação à violência”.
Ao longo de outras postagens, a rede social informou que havia advertido sobre o conteúdo a ser postado após a suspensão temporária de 12 horas e que “diante dos terríveis eventos desta semana, deixamos claro na quarta-feira que violações adicionais das regras do Twitter resultariam nesta ação”.
A plataforma referia-se à invasão do Capitólio, estimulada por Trump no dia 6 de janeiro e que resultou, além dos atos de vandalismo, em cinco pessoas mortas. Durante o ataque, o presidente continuava a dizer que houve “fraude eleitoral”, mas que as pessoas deviam ir para casa.
No fim da noite de quinta-feira (07), Trump chegou a postar um vídeo em tom mais ameno, dizendo que um novo governo assumiria a partir de 20 de janeiro e que faria uma transição de poder pacífica. A mudança ocorre no momento em que os debates sobre a remoção dele do cargo, menos de 15 dias antes da posse de Joe Biden, ganha muita força também entre os republicanos.
Após ser bloqueado, o presidente usou uma outra conta no Twitter – a @potus – ignorada por ele durante a Presidência, para criticar a rede social e dizer que a plataforma “não irá nos calar”.
“Estamos em tratativas com outros sites e estamos avaliando a criação de um plataforma nossa”, escreveu ainda. No entanto, o Twitter também apagou essas postagens minutos depois.
Uma dessas plataformas usadas pelos conservadores e apoiadores de Trump, o Parler, no entanto, já vem sofrendo retaliações das grandes empresas de tecnologia. O Google retirou o aplicativo de sua loja e a Apple deu 24 horas para o app moderar o conteúdo.
Isso porque diversos grupos estavam organizando protestos violentos, falando inclusive em “matar policiais”, para os dias 19 e 20 de janeiro – este último é o dia da posse de Biden.
As contas do presidente no Facebook e Instagram também estão suspensas até o dia 20. (ANSA).