BRUXELAS, 09 MAR (ANSA) – Apesar das ameaças da Polônia, o ex-primeiro-ministro do país Donald Tusk foi reeleito nesta quinta-feira (9) para mais um mandato de dois anos e meio como presidente do Conselho Europeu, o principal órgão político da União Europeia.
O colegiado é formado pelos chefes de Estado ou governo das 28 nações do bloco, e seu mandatário é escolhido em eleição por maioria qualificada. Na votação desta quinta, Tusk recebeu 27 votos a favor e apenas um contra, justamente o da Polônia.
O país é governado atualmente pela primeira-ministra Beata Szydlo, expoente do partido conservador e eurocético Direito e Justiça, que não queria a recondução de um adversário interno à presidência do Conselho Europeu. Tusk é membro da legenda Plataforma Cívica, também de direita, mas europeísta convicta.
Em determinado momento, Varsóvia ameaçou até iniciar uma batalha legal caso seu ex-premier fosse reeleito. “É uma decisão errada e que não promete nada de bom à Europa”, declarou Beata Mazurek, porta-voz do Direito e Justiça.
Contudo, a Polônia acabou ficando sozinha nessa briga, já que dois de seus principais aliados no grupo Viségrad, República Tcheca e Eslováquia, deram apoio explícito a Tusk. “Mesmo em negociações complicadas, ele se mostrou imparcial, capaz de encontrar compromissos. É alguém que não divide a UE”, disse o primeiro-ministro tcheco, Bohuslav Sobotka.
Com a renovação de seu mandato, Tusk presidirá o Conselho Europeu até 30 de novembro de 2019. (ANSA)