A polícia turca deteve pelo menos 15 manifestantes em Istambul no domingo por participarem de uma manifestação proibida do Orgulho LGBTQIA+, segundo a Reuters. As prisões ocorreram após os participantes terem se dispersado, disse uma testemunha. A polícia não quis comentar.

O Gabinete do Governador de Istambul disse no início do domingo que a Parada do Orgulho LGBTQIA+ não seria permitida. A polícia turca bloqueou o centro de Istambul para impedir a realização da marcha, fechando as estações de metrô e bloqueando o tráfego nas ruas principais.

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O Partido AK, de raízes islâmicas, do presidente Tayyip Erdogan, está no poder desde 2002. Nos últimos anos, sua retórica contra a comunidade LGBT endureceu. Desde 2015, estão proibidas as paradas do orgulho, alegando “razões de segurança”.

O Gabinete do Governador de Istambul classificou as organizações que convocaram a Parada como ilegais. Como medida preventiva, foi cercada a Praça Taksim, um local tradicional de protestos.

Ainda assim, manifestantes conseguiram marchar por cerca de 10 minutos na Avenida Bagdá, uma das vias mais famosas da cidade, porém logo de dispersaram para fugir das forças de segurança. Policiais então revistaram as ruas ao redor e realizaram as prisões, disse a testemunha.

Enquanto conseguiram realizar a manifestação, grupos LGBTQIA+ se reuniram com um representante lendo uma declaração que dizia: “Nunca nos cansamos de enganar a polícia e forçá-la a lidar conosco”.

“Vocês fecharam todas as ruas e praças, interromperam a vida de uma cidade inteira, mas se esqueceram de que vamos furar a pedra e encontrar uns aos outros, se necessário”, acrescentou.