ISTAMBUL, 14 JUL (ANSA) – A autoridade de assuntos religiosos da Turquia (Diyanet) afirmou nesta terça-feira (14) que a antiga Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia, convertida em mesquita pelo presidente Recep Tayyip Erdogan, manterá seus símbolos cristãos e abrirá para visitantes fora dos horários de oração.   

As medidas chegam após as críticas da comunidade internacional à conversão do antigo templo bizantino, inclusive do papa Francisco, que no último domingo (12) disse sentir “muita dor” pelo destino da Basílica de Santa Sofia.   

O templo foi inaugurado no ano de 537 e serviu como catedral cristã dedicada à Divina Sabedoria até 1453, quando os otomanos conquistaram Constantinopla (atual Istambul) e o transformaram em mesquita.   

Em 1934, no entanto, Mustafa Kemal Ataturk, fundador da Turquia moderna e defensor do secularismo, converteu a antiga basílica em museu, status que durou até a semana passada, quando o Conselho de Estado anulou a decisão.   

Isso abriu caminho para Erdogan reconverter a basílica em mesquita e colocá-la sob administração da Diyanet. Segundo a autoridade religiosa da Turquia, os símbolos cristãos em Santa Sofia “não são um obstáculo” para orações muçulmanas, mas terão de ser “cobertos com meios apropriados” nos horários de reza.   

“Não há obstáculo religioso para que a Mesquita Hagia Sophia fique aberta para visitantes fora dos horários de orações”, acrescentou a Diyanet. Erdogan afirmou que os cultos muçulmanos na antiga basílica começarão em 24 de julho. (ANSA)

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