ISTAMBUL, 26 JUN (ANSA) – Um tribunal de Ancara, na Turquia, condenou 121 pessoas à prisão perpétua nesta sexta-feira (26) por participação no fracassado golpe de Estado de 15 de julho de 2016, usado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan para promover um expurgo nas Forças Armadas e nos serviços públicos.   

Desse total, 86 suspeitos foram sentenciados com pena “agravada”, que prevê regimes mais rígidos de detenção. Entre eles está o ex-coronel Erkan Oktem, condenado a nove penas de prisão perpétua agravadas e por “homicídio premeditado”.   

A tentativa fracassada de golpe deixou 272 mortos, incluindo 24 revoltosos, e o julgamento desta sexta diz respeito às ações ocorridas no Comando-Geral da Gendarmaria.   

O presidente Erdogan acusa o clérigo exilado Fethullah Gulen, que vive nos Estados Unidos, de ter orquestrado o golpe e já expurgou mais de 140 mil servidores públicos e militares supostamente ligados a seu movimento, o “Hizmet” (“Serviço”, em tradução livre).   

O clérigo, por sua vez, acusa Erdogan de ter encenado o golpe para concentrar poder em suas mãos e perseguir adversários.   

(ANSA)