Turquia, Bulgária e Romênia, três membros da Otan às margens do Mar Negro, uniram forças nesta quinta-feira (11) para proteger a navegação internacional e sua costa contra minas flutuantes procedentes dos litorais russo e ucraniano.

A Iniciativa de Luta contra as Minas no Mar Negro, assinada em Istambul, permitirá tornar seguras as exportações de grãos ucranianos ao longo da costa de Romênia e Bulgária, via alternativa de navegação após o encerramento do corredor de cereais denunciado pela Rússia em 2023.

O ministro romeno da Defesa, Angel Tilvar, e o vice-ministro da Defesa da Bulgária, Atanas Zapryanov, juntaram-se ao seu homólogo turco, Yasar Güler, em um palácio no sul do Bósforo, via de acesso meridional do Mar Negro, para a assinatura. Assumirão a presidência da aliança, de forma rotativa, a cada seis meses.

“Decidimos, conjuntamente, assinar um protocolo entre os nossos três países para combater de forma mais eficaz o perigo das minas no Mar Negro, reforçando nossa cooperação e nossa coordenação existentes”, declarou Güler durante a cerimônia, acrescentando que as negociações começaram em setembro.

Embora Turquia, Bulgária e Romênia façam parte da Aliança Atlântica, o ministro turco disse que “essa iniciativa estará aberta apenas aos navios dos três países costeiros aliados”.

Isso exclui a intervenção de países terceiros, incluindo membros da Otan, para não violar a Convenção de Montreux, assinada em 1936, que regula a navegação no Bósforo em tempos de guerra.

A Aliança celebrou a iniciativa desses três países.

“É uma contribuição importante para uma maior liberdade de navegação e a segurança alimentar na região e fora dela”, disse um porta-voz da Otan, Dylan White.

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