GIARDINI NAXOS E MESSINA, 26 MAI (ANSA) – Lojas blindadas, comerciantes aflitos, mas praias repletas de turistas despreocupados tomando sol: este é o cenário de Taormina, na Itália, sede da cúpula do G7, que reúne os principais líderes mundiais. Entre visitantes italianos e estrangeiros, os turistas parecem ignorar que a cidade recebe dois dias de intensos e importantes debates com representantes dos países mais ricos. Todos estão de férias e, segundo eles, não será nenhum dos “sete grandes” que vão atrapalhar.   

Na praia, há aqueles que lêem livros sob o guarda-sol, outros que arriscam tomar um banho de mar já que a temperatura não está muito quente. “O G7? Sabíamos, mas não importa! Decidimos vir de qualquer maneira. Sensação de perigo? Nenhuma, estamos tranquilos. O único problema é que temos que ir embora na próxima semana”, observou um casal sueco que passa férias com dois filhos pequenos. No calçadão, turistas caminham sossegados. “Tivemos um problema com o transporte, porque queríamos ver Taormina, mas não foi possível. Retornar? Vamos ver, o mundo é grande, mas é possível”, ressaltou dois franceses.   

Segundo o “Serviço Regional de Turismo” da badalada vila litorânea de Giardini-Naxos, a frequência de turistas está aumentando. No entanto, o número é influenciado pela “zona vermelha” de Taormina, que “direcionam” os viajantes aos países vizinhos. Já entre os comerciantes da região, a preocupação se faz presente devido ao cortejo do G7, que acontecerá na tarde do próximo sábado (27) na margem do mar. “A ordem do prefeito é para fechar tudo. Quem pode dizer com certeza que amanhça não acontecerá nada?”, explicou o dono de um restaurante da região.   

A tensão é maior entre os funcionários dos hotéis, que permanecerão abertos durante a passeata. A cidade de Taormina fica na ilha da Sicília e tem pouco mais de 10 mil habitantes.   

Ela foi escolhida como sede da cúpula do G7 para ressaltar o papel do sul da Itália na crise migratória. (ANSA)