VENEZA, 20 AGO (ANSA) – A partir do verão boreal de 2022, turistas que não pernoitarem no centro histórico de Veneza precisarão fazer uma reserva para entrar na região.   

A medida já vem sendo prometida pela prefeitura há vários anos, mas teve de ser adiada em função na pandemia do novo coronavírus.   

No entanto, a invasão de visitantes após o relaxamento das restrições de viagem na União Europeia convenceu o governo municipal a implantar o plano a partir do próximo verão no Hemisfério Norte, que começa no fim de junho.   

O projeto prevê a instalação de cancelas eletrônicas nos acessos ao centro histórico de Veneza para controlar a entrada de turistas. Enquanto viajantes que pernoitam no centro da cidade já pagam uma taxa de estadia de um a cinco euros por dia, os adeptos do chamado “bate e volta” não são cobrados atualmente.   

A prefeitura, contudo, vai implantar uma taxa de até oito euros (equivalente a R$ 51 pela cotação atual) para turistas que não pernoitam no centro histórico veneziano, valor que será cobrado de forma antecipada, mediante reserva e por meio de um aplicativo.   

A taxa será de três euros (R$ 19) nos dias comuns; seis euros (R$ 38) nos dias de “selo vermelho”, ou seja, quando é previsto um “fluxo crítico” de pessoas; e oito euros nos dias de “selo preto”, quando é estimado um “fluxo crítico excepcional” de turistas.   

Em um segundo momento, essas cifras devem subir para seis, oito e 10 euros (R$ 64), respectivamente, com a criação de uma quarta categoria, o “selo verde”, para raros dias com baixo fluxo de viajantes e valor de três euros.   

O calendário de selos será divulgado previamente pela prefeitura, que também não exclui instalar as primeiras cancelas eletrônicas em setembro para começar a testar o sistema. (ANSA).