A turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que desapareceu após cair na encosta de um vulcão na Indonésia foi encontrada morta, informaram autoridades brasileiras e a agência de resgate indonésia nesta terça-feira (24), após dias de buscas e esforços para socorrê-la.
As tentativas de resgatar Juliana, que desapareceu no sábado no Monte Rinjani, na ilha Lombok, foram atrapalhadas pelo clima desafiador e pelo terreno acidentado, depois que autoridades localizaram seu corpo imóvel com um drone.
“O governo brasileiro comunica, com profundo pesar, a morte da turista brasileira Juliana Marins, que havia caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do Mount Rinjani”, informou o ministério das Relações Exteriores brasileiro em um comunicado.
“Ao final de quatro dias de trabalho, dificultado pelas condições meteorológicas, de solo e de visibilidade adversas da região, equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia encontraram o corpo da turista brasileira”, acrescentou a nota do Itamaraty.
Mohammad Syafii, chefe da agência nacional indonésia de busca e salvamento, disse que os socorristas a encontraram inconsciente e vão resgatar seu corpo na manhã de quarta-feira por causa do mau tempo.
“Um dos socorristas conseguiu chegar até a vítima a uma profundidade de 600 metros, após comprovar que não havia sinais de vida”, disse ele a jornalistas.
“Três socorristas chegaram mais perto da vítima e confirmaram que ela morreu”, acrescentou.
Uma conta no Instagram criada pela família e pelos amigos de Juliana para dar informações atualizadas sobre os esforços de busca e pressionar por seu resgate também confirmou sua morte nesta terça.
“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, informou a conta, que reuniu mais de 1,5 milhão de seguidores desde o desaparecimento da jovem.
“Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, acrescentou.
Mais cedo, as autoridades informaram que Juliana havia sido localizada, mas que ela não se mexia.
Os socorristas não conseguiram se aproximar dela por vários dias, apesar da convocação de reforços com drones, equipamento de montanhismo e helicópteros.
As postagens mais recentes da brasileira no Instagram a mostravam viajando de mochilão na Tailândia e no Vietnã antes de chegar à Indonésia.
A ilha de Lombok é um destino turístico conhecido por suas praias paradisíacas e paisagens verdes, e muitos visitantes tentam escalar o Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia, atraídos por sua vista panorâmica.
Em 2018, centenas de trilheiros e guias ficaram bloqueados por deslizamentos de terra na montanha depois que um terremoto de magnitude 6,4 sacudiu a ilha. Ao menos 17 pessoas morreram em toda a ilha, inclusive uma na montanha.
dsa-jfx/dhw/mvv/jc