TÚNIS, 12 ABR (ANSA) – O presidente da Tunísia, Béji Caid Essebsi, foi convidado para participar da próxima cúpula do G7, que será realizada nos dias 26 e 27 de maio, em Taormina, no sul da Itália.   

O encontro reunirá os líderes de sete das maiores potências do planeta (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Canadá e Itália) e da União Europeia em uma zona marcada pela crise migratória no mar Mediterrâneo.   

Com apenas 11 mil habitantes, Taormina é um dos destinos turísticos mais famosos da Sicília, região que serve de porta de entrada para deslocados externos e imigrantes clandestinos devido a sua proximidade em relação à África.   

A ilha siciliana de Pantelleria, por exemplo, fica a apenas 70 km do litoral tunisiano, de onde costumam partir barcos superlotados rumo à costa italiana. Recentemente, os dois países assinaram uma declaração na qual se comprometem a reforçar a cooperação contra a imigração clandestina no Mediterrâneo Central.   

Entre outras coisas, Roma dará treinamento e equipamentos à Guarda Costeira de Túnis – assim como fará com a Líbia, principal ponto de partida para as chamadas “viagens da morte”.   

Em 2016, cerca de 1 mil deslocados externos chegaram à Itália a partir da Tunísia, mas o plano europeu para “fechar” a rota líbia pode levar esse fluxo a ser escoado pelas nações vizinhas.   

A Sicília foi escolhida pelo então primeiro-ministro Matteo Renzi para abrigar o G7 por dois motivos, um externo e outro interno. Do ponto de vista internacional, a Itália quer chamar atenção para uma região que está no epicentro da emergência humanitária no Mediterrâneo.   

Do ponto de vista nacional, o sul da península é consideravelmente menos rico e desenvolvido do que o norte, e levar a cúpula para Taormina é uma forma de indicar a intenção de reverter essa realidade histórica. (ANSA)