Quatro pessoas foram condenadas à morte e duas à prisão perpétua na Tunísia pelo assassinato do líder da oposição Chokri Belaid em 2013, anunciou nesta quarta-feira o procurador-adjunto da divisão judicial antiterrorismo.

Um total de 23 pessoas foram acusadas de ligação com o assassinato do esquerdista Belaid, um crítico veemente do partido conservador islâmico Ennahdha, que estava no poder na época.

Belaid foi assassinado em 6 de fevereiro de 2013 em seu carro, diante de sua casa. O crime foi reivindicado por extremistas vinculados ao grupo Estado Islâmico (EI).

Depois de 11 anos de investigações e processos judiciais e 15 horas de deliberação, o tribunal de primeira instância de Tunis determinou a pena capital para quatro deles e pena de prisão perpétua para outros dois, anunciou o procurador-adjunto Aymen Chtiba.

Cinco acusados foram absolvidos, mas continuam indiciados em outros processos, e os demais receberam penas de entre dois e 120 anos de prisão.

A Tunísia ainda emite sentenças de morte, muitas vezes em casos de terrorismo, apesar de uma moratória de fato que foi implementada em 1991.

Belaid era crítico veemente do Ennahdha, partido que dominou a política tunisiana com maioria parlamentar durante uma década após a revolução de 2011.

Mas a influência do partido foi abalada em julho de 2021, quando o presidente Kais Saied assumiu plenos poderes ao destituir o primeiro-ministro e fechar o Parlamento.

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