A quarta-feira (1/9) foi mais um dia daqueles para quem observa e se interessa pela cena político-econômica do País. As notícias – entre más e péssimas- nos trouxeram também o que já se sabia: Carlos Bolsonaro, o Carluxo, arruaceiro digital disfarçado de vereador, está enrolado (jura?) com possíveis crimes de peculato; a rachadinha.

O clã Bolsonaro construiu um verdadeiro império imobiliário durante os anos de vida política, conforme amplamente noticiado e investigado pela Justiça. Além disso, pai e filhos vivem (aparentemente) gastando muito mais do que recebem. Mansões, por exemplo, são ‘lugar comum’ na vida dessa gente felizarda e pra lá de sortuda.

A competência que têm para ganhar dinheiro, comprando e vendendo imóveis – ou alugando palácios por menos da metade do valor de mercado -, infelizmente não é vista em seus trabalhos como políticos eleitos. Ao contrário. Prometem muito e não entregam absolutamente nada, vide o fiasco que é o devoto da cloroquina.

PAULO GUEDES

Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, é tão ruim, mas tão ruim, que consegue tornar os bons, piores. O ex-Posto Ipiranga, por exemplo: banqueiro, empresário, professor e economista de sucesso e respeito – inclusive internacional -, é, hoje, ridicularizado por onde passa. É mais um que não entregou nada e piorou o que já era ruim.

O PIB (Produto Interno Bruto) regrediu mais uma vez. O Brasil é o único país entre as maiores economias do mundo que não cresce. Para piorar, a inflação insiste em não arrefecer. Ao contrário. Nem a recente alta de juros foi capaz de segurar a recorrente alta de preços. Dólar, gasolina, energia elétrica, gás, alimentos… um inferno!

E como desgraça pouca é bobagem, num país onde mais de 15 milhões de pessoas estão desempregadas e famintas, o ‘governo liberal’ acaba de conseguir aprovar no Congresso um acachapante aumento de impostos para quem ‘vive da sobra’ do seu próprio trabalho – falo de lucros e dividendos de empresários e profissionais liberais.

MÃO GRANDE

Com a desculpa de reduzir o imposto de renda dos mais pobres, Paulo Guedes, este liberal de araque, meteu sua mão grande no bolso de quem, depois de trabalhar feito condenado, correr todos os riscos possíveis e imaginários e pagar impostos federais, estaduais e municipais, conseguiu lucrar o suficiente para garantir o próprio futuro.

A verdade é que, como sempre, o Brasil está quebrado! E como sempre, também, a única classe que não tem do que reclamar é a casta do funcionalismo público, além dos seus apaniguados e sócios da iniciativa privada. Estes não levam tungadas no bolso. Ao contrário. Levam, isso sim, benefícios indecorosos cada vez maiores.

Vejam o fundo partidário, que não para de crescer. Ou os privilégios dos militares e seus familiares. Bolsonaro, o amigão do Queiroz, acaba de determinar à Caixa uma linha de crédito especial, subsidiada, para os policiais militares comprarem imóveis. E o teto salarial do funcionalismo foi para o saco de vez, com o acúmulo de salários.

CONTA SALGADA

Daí a nova investida contra quem trabalha e produz neste país de merda. Sim, é de merda! Mais uma vez será a iniciativa privada a responsável por pagar a conta dos desmandos e safadezas dessa elite política ordinária, que nos assalta e nos arrasta para o fundo do poço, a cada dois ou quatro anos; a cada nova maldita legislatura.

Os caras gastam muito e mal? Os caras superfaturam em 1000% vacinas e picanha? Os caras acumulam dois, três salários de R$ 50 mil cada? Os caras aumentam seus próprios gastos e diminuem a transparência e a fiscalização? Os caras se revezam? Sim, sim e sim? Beleza. Então paguemos a conta e não enchamos o saco.

Aliás, é justamente o oposto. A despeito disso tudo, o bacana é idolatrar o psicopata homicida. Ou o ladrão quadrilheiro! O bacana é brigar com amigos e família para que estes imundos continuem a nos roubar. Bora lá, ó senhores novos-ricos, que acabam de ser assaltados pela dupla Mito & PG. Façam como as hienas: comam as sobras e gargalhem. Otários!