15/05/2020 - 7:08
Mais de 140.000 pessoas estavam em abrigos de emergência nas Filipinas nesta sexta-feira (15), devido ao tufão Vongfong, uma situação que complica a luta contra o novo coronavírus no país.
Chuvas fortes caíram no centro do arquipélago desde a tempestade que atravessou, ontem, zonas povoados por centenas de milhares de pessoas.
Milhões de filipinos estão confinados em suas residências pela pandemia, mas mais de 140.000 pessoas foram forçadas a abandonarem suas casas em busca de abrigo, devido à forte tempestade, disseram as autoridades.
“Você precisa usar a máscara e observar as regras do distanciamento o tempo todo”, disse à AFP Carlito Abriz, da polícia filipina.
“É difícil aplicar isso, porque as pessoas estão estressadas”, completou.
As autoridades indicaram que os abrigos de emergência funcionarão com 50% de sua capacidade e que fornecerão máscaras para quem não tem o acessório. Também tentarão não separar as famílias.
O problema é que muitos dos locais planejados em condições normais para servir como centros de evacuação se tornaram unidades de quarentena.
Felizmente, o centro do arquipélago atingido pela tempestade não é a área mais afetada pela COVID-19, que já infectou mais de 11.800 pessoas e causou 790 mortes nas Filipinas.
Todos os anos, o país é afetado por uma média de 20 tufões que causam vítimas e danos extensos, contribuindo para que milhões de pessoas vivam na pobreza.
O ciclone mais mortal já registrado no país foi o Supertufão Haiyan, que deixou mais de 7.300 mortos, ou desaparecidos, em 2013.