Mais de 150.000 pessoas foram se retiraram, nesta segunda-feira (3), das províncias costeiras das Filipinas devido à chegada do potente tufão Kalmaegi, que tocou o solo em uma região frequentemente afetada por algumas das tempestades mais mortais do país, informaram as autoridades.
O tufão, com ventos de 150 quilômetros por hora, tocou terra na província das ilhas Dinagat, que faz parte do arquipélago das ilhas Visayas, antes das 23h (12h em Brasília), informou o serviço meteorológico.
Às 20h (9h em Brasília), “cerca de 156.000 pessoas” já haviam sido retiradas preventivamente, informou o subdiretor do Escritório de Proteção Civil, Rafaelito Alejandro, em uma coletiva de imprensa.
As Filipinas enfrentam, em média, 20 tempestades e tufões por ano, que frequentemente atingem áreas propensas a desastres onde milhões de pessoas vivem em condições de pobreza.
Com Kalmaegi, o arquipélago já alcançou essa média, declarou à AFP a especialista do serviço meteorológico estatal, Charmaine Varilla, que acrescentou que podem ser esperadas pelo menos “entre três e cinco” tempestades adicionais até o final de dezembro.
As Filipinas foram afetadas por duas grandes tempestades em setembro, incluindo o supertufão Ragasa, que derrubou árvores, arrancou telhados de edifícios e causou a morte de 14 pessoas na vizinha Taiwan.
Segundo especialistas, as mudanças climáticas favorecem o surgimento de fenômenos meteorológicos mais extremos, frequentes e intensos.
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