Talvez você já tenha se perguntado por que suas amigas parecem ser tão obcecadas pelas celebridades mais bonitas do momento ou gostar tanto de sexo. A verdade é que, se o contato romântico íntimo não te agrada, existem grandes chances de a assexualidade estar presente em sua vida.

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Assim como heterossexualidade, homossexualidade e bissexualidade, a assexualidade é uma orientação sexual. No entanto, ela contempla “indivíduos que podem sentir atração romântica, mas não atração sexual”, como explica a terapeuta familiar Shawntres A. Parks à “Women’s Health”, de onde são as informações.

Apesar de pessoas assexuais existirem, o assunto não costuma ganhar tanta visibilidade como outras orientações sexuais. Dessa forma, é compreensível que você tenha dúvidas ou nem mesmo saiba do que se trata. 

Assexualidade: tudo o que você precisa saber

tudo sobre assexualidade
Bandeira assexual (Crédito:Freepik)

O que é assexualidade?

De acordo com o National LGBTQ Task Force dos Estados Unidos, trata-se da orientação sexual da pessoa que sente pouca ou nenhuma atração sexual.

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É importante ressaltar, entretanto, que algumas pessoas podem não se encaixar exatamente na descrição convencional de assexualidade, mas ter experiências que a fazem se considerar uma pessoa assexual. Segundo a assistente social e psicoterapeuta Liz Afton, a estimativa de prevalência de assexualidade é de uma a cada 100 pessoas. 

Além disso, Shawntres explica que pessoas assexuais não necessariamente sentem repulsa ao sexo. “Eles podem se sentir neutros sobre [o sexo], ou possivelmente gostar, mas se sentirem desinteressados”, explica ela, completando: “Assexualidade não é uma escolha como a abstinência.”

É preciso pontuar, ainda, que é possível que pessoas assexuais estejam em relacionamentos, casem-se e até mesmo constituam famílias — coisas que não podem ser impedidas pelo pouco ou nenhum desejo sexual. Afinal, pessoas entram em relacionamentos por sentirem-se atraídas pelo senso de humor, companhia, intelecto, personalidade e outros aspectos de alguém, e não apenas pelo sexo.

Como entender a assexualidade?

Como outras orientações sexuais, a assexualidade existe em um espectro. Algumas pessoas assexuais podem desejar uma conexão romântica sem nunca terem vontade de fazer sexo. Outras podem até mesmo sentir vontade de fazer sexo quando se conectam emocionalmente com outras, mas a maioria se encaixa no meio dessas duas definições.

A terapeuta sexual Courtney Watson acrescenta, ainda, que trata-se de uma definição fluida, e que a assexualidade nem sempre será igual ao longo de toda a vida de uma pessoa.

Não se trata de uma condição médica ou celibato

A assexualidade não deve ser confundida com baixa libido — condição diagnosticável e tratável, ao contrário da orientação sexual. Ser assexual também não significa “escolher” não fazer sexo e não tem nada a ver com celibato ou abstinência sexual.

Pessoas assexuais não são traumatizadas

Uma pessoa assexual não necessariamente passou por experiências como abuso sexual ou relacionamentos abusivos. É claro, todos podem sofrer com tais eventos traumáticos, mas os assexuais já eram assexuais antes disso.

Pessoas assexuais ainda podem fazer sexo e ter orgasmos

Como descrito anteriormente, é possível que pessoas assexuais escolham fazer sexo para aumentar a intimidade com um(a) parceiro(a) ou dar prazer à essa pessoa. Nesse sentido, assexuais também podem sentir prazer e ter orgasmos, pois uma orientação sexual não é capaz de afetar sua anatomia.

Como saber se sou assexual?

Se você não tem certeza de sua sexualidade, uma boa maneira de entender se você recai sob o espectro da assexualidade é simplesmente checando com você mesma. Courtney sugere que você tire um tempo para explorar seus interesses na próxima vez que fizer sexo ou masturbar-se. 

“Ao fazer questão de avaliar seu nível de prazer durante o sexo, você terá mais facilidade em identificar o que faz você se sentir bem e o que pode dispensar. Isso a ajudará a determinar onde você se encontra no espectro da sexualidade”, detalha o portal.

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Descobrir-se assexual pode ser um alívio: saber que não há nada de errado consigo mesma e entender, finalmente, por que a atração sexual sempre pareceu não existir.


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