Foi na gestão de Roberto Bischoff, a partir de janeiro deste ano, que a Braskem (controlada pela Novonor, da família Odebrecht), passou a contratar a construtora Tenenge – e para surpresa de muitos, inclusive da sócia Petrobras, uma empresa da família… Odebrecht.

A Novonor, como se sabe, deve R$15 bilhões aos bancos e está em recuperação judicial. Permanece na gestão da Braskem. A contratação da Tenenge gerou questionamentos, mas tanto a Tenenge quanto a Braskem afirmam que está tudo certo.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) já está de olho na situação e estuda pedir informações sobre esses contratos. A Braskem produziu o maior desastre ambiental urbano em Alagoas e o senador quer reparação às vítimas.

No dia 22/07 houve um acidente na unidade de Santo André, no ABC paulista, que causou a morte de um funcionário e deixou outros seis feridos. Segundo a Tenenge, um tanque de gasolina que estava em manutenção explodiu, a causa do acidente permanece desconhecida.

Em contato com a Coluna a Braskem enviou, no domingo, dia 2, a seguinte nota:

“A Braskem vem esclarecer que a Tenenge presta serviços à Companhia desde 2003. São, portanto, 20 anos de serviços especializados de manutenção industrial e, mesmo antes disso, a Tenenge prestava serviços de construção e montagem para Copene, Copesul, OPP e Trikem, empresas que vieram a formar a Braskem.”

“Importante esclarecer também que os contratos seguem as mais severas normas de conformidade e a relação entre as empresas é pública e constantemente informada pelos canais de comunicação com os acionistas, os investidores e com o mercado. Quanto à segurança, os índices da Braskem são equivalentes às empresas do setor químico global consideradas as melhores referências do mercado. Isso é resultado também dos constantes investimentos em tecnologias e no programa de confiabilidade humana.”