O meia Gustavo Scarpa, do Palmeiras, teve negado o recurso para não ter R$ 200 milhões da sua conta bancária e a do clube paulista bloqueados por um pedido do Fluminense. Na noite desta terça-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve o arresto do montante concedido pela 70ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro como forma de o clube carioca ter como garantia o recebimento da quantia.

O ministro Alexandre Agra Belmonte manteve o arresto por considerar que o caso deveria ser analisado pela segunda instância do Tribunal Regional do Trabalho. Para o magistrado do TST, a decisão do bloqueio representa uma segurança do Fluminense, que se sentiu lesado pelo fato de o jogador ter deixado a equipe e acertado com o Palmeiras sem ter pago a multa rescisória, que é de exatamente R$ 200 milhões.

A decisão do bloqueio das contas de Scarpa e do Palmeiras foi determinado pela juíza Dalva Macedo, que determinou o arresto dessa quantia para garantir ao clube carioca o recebimento da cláusula indenizatória. A quantia precisa ser depositada em até cinco dias, sob pena de bloqueio imediato das contas do meio-campista e do clube.

Na última segunda-feira, o departamento jurídico do Palmeiras explicou que o processo corre em segredo de Justiça e que a ordem judicial ainda não havia chegado ao conhecimento do clube. “É preciso que fique claro que o Palmeiras não é parte nesse processo. O Palmeiras nunca se manifestou nem nunca chegou a discutir ou exercer qualquer ato de defesa nesse processo. Portanto, qualquer ordem em relação ao Palmeiras é claramente abusiva, excede completamente os limites processuais e não deve subsistir”, disse, por meio de nota oficial.

Apesar do bloqueio, Scarpa pode ser utilizado normalmente pelo Palmeiras nas partidas. No último domingo, ele atuou contra o América-MG, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro, e viajou ao Paraguai com o grupo de jogadores relacionados pelo técnico Luiz Felipe Scolari para o duelo contra o Cerro Porteño, nesta quinta-feira, em Assunção, pela Copa Libertadores.

O jogador é protagonista de uma longa briga entre os dois clubes. Primeiramente, Scarpa deixou o Fluminense em janeiro, após conseguir rescisão ao comprovar uma dívida de R$ 9 milhões do Fluminense por salários atrasados e falta do depósito do FGTS e de outros direitos trabalhistas. O meia se livrou do vínculo com o clube carioca por meio de uma liminar e assim pôde assinar contrato com o Palmeiras. Porém, em março, o time carioca derrubou a decisão.

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Scarpa passou três meses parado, até o TST, em Brasília, conceder habeas corpus que o liberou do contrato com o Fluminense. O meia voltou ao Palmeiras, refez o contrato, com validade até dezembro de 2022, e chegou, inclusive, a enfrentar o antigo time em jogo do Campeonato Brasileiro. O processo, no entanto, continua correndo na Justiça.


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