O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a embarcar em uma importante viagem à Ásia esta semana, com foco em uma reunião com o líder chinês, Xi Jinping.
Trump anunciou na quarta-feira uma “grande viagem” à Malásia, Japão e Coreia do Sul, sua primeira visita à região desde que voltou ao governo e começou a implementar uma onda de tarifas.
A Casa Branca deu poucos detalhes sobre o giro e Trump alertou que sua reunião planejada com Xi na Coreia do Sul pode não acontecer devido às tensões atuais.
No entanto, ele esclareceu que espera fechar um “bom” acordo com a China e encerrar a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Enquanto isso, os países anfitriões estão se preparando para estender o tapete vermelho para garantir os favores do imprevisível presidente de 79 anos e conseguir os melhores acordos possíveis sobre tarifas e segurança.
A primeira parada está prevista para ser na Malásia, para a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), de 26 a 28 de outubro.
Trump está prestes a assinar um acordo comercial com a Malásia e supervisionar a concretização de um acordo de paz entre Tailândia e Camboja.
Ele também pode se encontrar com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para melhorar as relações bilaterais após meses de disputas, segundo informaram à AFP funcionários de ambos os países.
Depois ele iria para Tóquio, onde se reuniria com a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi (direita).
O Japão escapou do pior das tarifas que Washington impôs a países de todo o mundo, mas Trump pretende que o país interrompa as importações de energia russa e aumente seus gastos com defesa.
O ponto culminante da viagem deve ser na Coreia do Sul, onde Trump está previsto para chegar em 29 de outubro para a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) e, potencialmente, se encontrar com Xi, no que seria seu primeiro encontro desde o retorno do republicano ao governo.
As restrições de Pequim às terras raras levaram Trump a mudanças de postura sobre seu eventual encontro com o líder chinês.
Após ameaçar cancelar a reunião e impor novas tarifas a Pequim, na terça-feira ele disse, primeiro, que seguiria em frente, e depois admitiu que a cúpula “talvez não aconteça”.
Na quarta-feira, ele afirmou que esperava chegar a um acordo com Xi sobre “tudo” e também que o líder chinês pudesse exercer uma “grande influência” sobre o presidente russo, Vladimir Putin, para encerrar a guerra na Ucrânia.
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