Trump tem conversa ‘produtiva’ com Putin pouco antes de reunião com Zelensky

As últimas negociações entre Washington e Kiev produziram um plano de paz de 20 pontos que foi enviado a Moscou

Combinação de fotos de arquivo dos presidentes de Estados Unidos, Donald Trump (E), e Rússia, Vladimir Putin (D) - AFP/Arquivos

NOVA YORK, 28 DEZ (ANSA) – A cerca de uma hora para se reunir com Volodymyr Zelensky, chefe de Estado da Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que “acabou de ter uma conversa telefônica muito produtiva com [Vladimir] Putin”, seu homólogo russo.

A declaração foi dada em sua página no Truth neste domingo (28), data agendada para o encontro com o líder de Kiev em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida. “A reunião acontecerá no salão principal de Mar-a-Lago. A imprensa está convidada”, acrescentou Trump.

De acordo com o porta-voz do presidente ucraniano, Serhiy Nykyforov, “está previsto um telefonema entre Zelensky e Trump com líderes europeus” logo após o encontro na Flórida. Em entrevista ao Politico na última sexta-feira (26), o republicano disse acreditar que a nova conversa com Zelensky “deve correr bem”, após a discussão entre eles em fevereiro, durante encontro no Salão Oval.

No entanto, Trump também garantiu que o ucraniano “não tem nada de concreto até que eu aprove”, referindo-se última versão da proposta americana revisada por Kiev e enviada à Rússia. As últimas negociações entre Washington e Kiev produziram um plano de paz de 20 pontos que foi enviado a Moscou.

Segundo Zelensky, a proposta prevê o congelamento da atual linha de frente da guerra e não determina que a Ucrânia renuncie legalmente a ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O governo Putin, no entanto, exige a cessão de todo o Donbass, região que engloba as províncias de Donetsk e Lugansk, e que a Ucrânia se comprometa a não entrar na Otan. Também ainda há discordâncias a respeito da gestão da usina ucraniana de Zaporizhzhia, maior central nuclear da Europa e ocupada pelas forças russas. (ANSA).