ROMA, 25 JUN (ANSA) – Dois importantes conselheiros do magnata Donald Trump teriam apresentado ao ex-presidente dos Estados Unidos um plano para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia se ele vencer as eleições presidenciais deste ano no país.   

De acordo com relatos exclusivos publicados pela agência Reuters, a iniciativa prevê manter o envio de armas para Kiev apenas se o governo de Volodymyr Zelensky iniciar conversações de paz com Moscou.   

Ao mesmo tempo, o governo norte-americano alertaria que qualquer recusa da Rússia em negociar resultaria em um maior apoio americano à Ucrânia, informou o tenente-general reformado Keith Kellogg, um dos conselheiros de Trump, em uma entrevista.   

Segundo o plano desenvolvido por Kellogg e Fred Fleitz, ambos chefes de gabinete do Conselho de Segurança Nacional de Trump durante sua presidência (2017-2021), haveria um cessar-fogo baseado nas linhas de batalha predominante durante as conversações de paz.   

Os dois conselheiros apresentaram a sua estratégia a Trump e o ex-presidente respondeu favoravelmente, garantiu Fleitz. “Não estou dizendo que concordei [com o plano] ou que concordei com cada palavra, mas ficamos felizes em receber o feedback que recebemos”, acrescentou.   

Por sua vez, o porta-voz de Trump, Steven Cheung, reforçou que apenas as declarações feitas por Trump ou por membros autorizados da sua campanha deveriam ser consideradas oficiais.   

Ainda conforme a publicação da Reuters, a estratégia delineada por Kellogg e Fleitz é o plano mais detalhado até agora desenvolvido pelos colaboradores de Trump, que no passado afirmou que poderia resolver rapidamente a guerra na Ucrânia caso se tornasse presidente.   

A proposta marcaria uma grande mudança na posição dos EUA sobre a guerra e enfrentaria a oposição dos aliados europeus e do próprio Partido Republicano de Trump.   

Por sua vez, o Kremlin afirmou que qualquer plano de paz proposto por uma potencial futura administração Trump terá de refletir a realidade no território, mas que o presidente russo, Vladimir Putin, permanece aberto a conversações.   

“O valor de qualquer plano reside nas nuances e na consideração da situação real das coisas no território”, explicou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à Reuters, acrescentando que “Putin disse repetidamente que a Rússia tem estado e continua aberta a negociações”. (ANSA).