WASHINGTON, 09 JUL (ANSA) – Em mais uma derrota de Donald Trump, a Suprema Corte dos Estados Unidos estabeleceu nesta quinta-feira (09) que o presidente precisa entregar diversos documentos financeiros para uma investigação da Procuradoria de Nova York. Entre eles, está a polêmica declaração de renda.   

Por 7 votos a 2, os magistrados confirmaram que o procurador Cyrus Vance tem o direito de obter os documentos porque um presidente não tem nenhum tipo de imunidade nesse quesito e não pode se negar a prestar informações para uma investigação criminal.   

Agora, o escritório de advocacia Mazars Llp precisará enviar os documentos à Procuradoria, incluindo os supostos pagamentos a duas mulheres que teriam “vendido seu silêncio” e não contaram sobre um affair com Trump. “Essa é uma enorme vitória para o sistema judiciário da nossa nação e para seu princípio fundamental de que ninguém, nem o presidente, está acima da lei. As nossas investigações, que foram atrasadas em quase um ano por causa disso, retornarão e serão guiadas, como sempre, pela solene obrigação do grande júri de seguir a lei e os fatos que eles nos mostrarão”, comemorou Vance. Por sua vez, o republicano criticou a decisão do Supremo e disse ser “vítima de perseguição política” em uma série de postagens no Twitter. “Eu venci a caçada de Mueller, e outras, e agora eu tenho que continuar lutando na politicamente corrupta Nova York”, escreveu ainda.   

Segundo Trump, ele foi vítima “do maior crime político e do maior escândalo da história dos EUA” e que nada foi feito contra os democratas pela espionagem contra ele durante a campanha eleitoral de 2016.   

No entanto, a vitória quase unânime de hoje inclui votos de juízes conservadores, inclusive, indicados por Trump. O republicano é o primeiro presidente do país desde Richard Nixon (que renunciou em 1974) a se negar a publicar sua declaração do pagamento de impostos. (ANSA)

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