Trump sugere punir redes de TV críticas ao governo

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Donald Trump Foto: REUTERS/Brian Snyder

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acenou para a possibilidade de retirar a licença das redes de televisão que veiculam visões negativas sobre ele. A declaração, dada na quinta-feira, 18, acontece após a suspensão do apresentador Jimmy Kimmel por um comentário sobre a morte do influenciador Charlie Kirk.

Segundo o portal The Guardian, o republicano falou com jornalistas ao voltar de uma viagem ao Reino Unido e alegou que “97% dos canais seriam contra ele”. Trump não apresentou comprovação de tais números, mas disse ter “lido em algum lugar”.

“Mais uma vez, 97% negativo [imprensa], e mesmo assim ganhei com facilidade. Ganhei em todos os sete estados indecisos. Eles só me dão má fama. Quer dizer, eles estão emitindo uma licença. Acho que talvez a licença deles devesse ser retirada”, disse o republicano.

Trump citou o caso de Kimmel, suspenso após falar sobre Charlie Kirk: um dos apoiadores mais assíduos do mandatário, o influenciador morreu ao levar um tiro no pescoço durante palestra para universitários. Ele era conhecido por suas posições conservadoras e de extrema-direita, incluindo defesa de porte de armas e ataque à minorias. O apresentador Jimmy Kimmel comentou o caso e sugeriu que o culpado pelo crime seria um apoiador do próprio presidente Trump.

“A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”, disse.

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Apesar disso, Trump justificou a suspensão apontando que a audiência do programa de Kimmel teria causado sua suspensão. Porém, conforme informações do The Guardian, o talk-show do apresentador mostrava bons números.

“Bem, Jimmy Kimmel foi demitido porque tinha avaliações ruins, mais do que qualquer outra coisa, e ele disse uma coisa horrível sobre um grande cavalheiro conhecido como Charlie Kirk”, terminou.