O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi questionado duas vezes por um repórter sobre sua posição como votante da emenda que pode legitimar o aborto na Flórida. Quando indagado pela segunda vez, o republicano retrucou dizendo que “deveriam parar de falar sobre o assunto”.

Além de concorrer pela presidência, Trump é eleitor no estado da Flórida. Nesta terça-feira, 5, ele se dirigiu até Palm Beach para exercer seu direito de voto – que inclui a participação em plebiscitos prescritos nas cédulas de votação. O questionário é feito em escala estadual para avaliar a opinião da população sobre temas como aborto, maconha e ajuste de salários.

Atualmente, o aborto é proibido na Flórida após seis semanas de gestação. Se a proposta do plebiscito for apoiada, os legisladores do estado não poderão aprovar qualquer lei que penalize, adie ou restrinja o aborto até a viabilidade fetal (quando o feto é capaz de sobreviver fora do útero) – que alguns médicos afirmam ser depois de 21 semanas de gravidez.

Caso a maioria dos cidadãos votem contra a medida, a lei estadual permaneceria válida e o aborto continuaria proibido na Flórida.

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Perguntado pela primeira vez, Donald Trump fugiu da questão, afirmando que ele fez um bom trabalho “trazendo a ação de volta aos estados.” A fala faz referência ao fato do republicano ter nomeado três juízes conservadores durante seu governo, o que foi crucial para a reversão da lei que legalizava o aborto no país em 2022.

Com exceção da Flórida, outros nove estados terão questões sobre o aborto presentes nos plebiscitos de votação. São eles: Arizona, Colorado, Maryland, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Nova York e Dakota do Sul.