Trump quer renomear Pentágono para Departamento de Guerra

Trump quer renomear Pentágono para Departamento de Guerra

"DepartamentoPresidente dos EUA afirmou que mudança seria necessária para transmitir "mensagem forte". Alteração definitiva depende do Congresso.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai renomear o Departamento de Defesa, cuja sede é conhecida como Pentágono, como Departamento de Guerra, anunciou a Casa Branca nesta quinta-feira (05/09).

A mudança não tem efeito legal imediato, porque a renomeação formal de órgãos do governo precisa da aprovação do Congresso. No entanto, Trump pretende usar o novo nome como título secundário.

Segundo a Casa Branca, uma ordem executiva será assinada nesta sexta-feira autorizando o uso de títulos como "secretário de Guerra" em comunicações oficiais, eventos cerimoniais e documentos não oficiais dentro do Poder Executivo.

O documento também orienta o atual chefe do departamento, Pete Hegseth, a propor ações legislativas e executivas para oficializar a mudança.

Por que Trump quer renomear o Departamento de Defesa?

Trump justificou a decisão afirmando que o atual nome do departamento é "muito defensivo" e que o termo "Departamento de Guerra" transmite "uma mensagem mais forte de prontidão e determinação".

"'Departamento de Guerra' era o nome quando vencemos a Primeira Guerra Mundial, vencemos a Segunda Guerra Mundial, vencemos tudo", disse Trump a repórteres em 25 de agosto.

Na noite de quinta-feira, o secretário de Defesa Pete Hegseth publicou no seu perfil no X a frase "DEPARTMENT OF WAR", reforçando o novo posicionamento do governo.

Mudanças na Defesa

O Departamento de Guerra foi criado inicialmente pelo então presidente George Washington, em 1789, e existiu até 1947, quando foi renomeado como Departamento de Defesa após a Segunda Guerra Mundial, durante uma reestruturação que unificou o Exército, a Marinha e a Força Aérea dos Estados Unidos.

A mudança de nome é parte de uma série de reformas no Pentágono desde que Trump nomeou Hegseth para a pasta.

Veterano de guerra e ex-apresentador da Fox News, Hegseth tem defendido a restauração de uma "ética guerreira" nas Forças Armadas e criticado políticas que ele e Trump classificam como "woke" – termo usado de forma pejorativa por conservadores para criticar pautas progressistas como justiça social, diversidade e inclusão.

Hegseth também lidera esforços para reverter políticas de inclusão, como a presença de militares transgêneros nas Forças Armadas americanas.

tms/bl (AFP, AP, dpa)