O presidente Donald Trump afirmou, neste sábado (19), que tem a “obrigação” de apontar “sem demora” um novo juiz para a Suprema Corte, após o falecimento da magistrada Ruth Bader Ginsburg.

Nomear os magistrados da mais alta instância da Justiça americana é “a decisão mais importante”, pela qual se elege um presidente, tuitou Trump.

A oposição democrata pede que isso seja feito apenas depois da eleição presidencial de 3 de novembro.

A Constituição dos Estados Unidos concede ao presidente o poder de nomear os magistrados da Suprema Corte, órgão que conta com nove membros de cargos vitalícios. O Senado precisa aprovar a indicação do presidente.

O Partido Republicano do presidente Trump detém uma maioria de 53 das 100 cadeiras do Senado. Seu líder, o também republicano Mitch McConnell, já anunciou que organizaria uma sessão plenária para votação, se o presidente fizesse uma indicação para preencher a vaga deixada por Ginsburg.

Em 2016, McConnell se recusou a realizar uma audiência com um candidato indicado pelo então presidente Barack Obama, alegando que tal decisão não deveria ser tomada durante a campanha eleitoral.

Alguns legisladores republicanos moderados podem se sentir desconfortáveis com essa mudança de opinião. Um duro embate político para convencê-los se anuncia pela frente.

Os democratas querem evitar a todo custo que Trump indique um novo juiz para a Suprema Corte. Seria o terceiro em seu mandato, contribuindo para tornar o perfil da instituição ainda mais conservador.