ROMA, 14 OUT (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta segunda-feira (14) aplicar sanções contra a Turquia depois da ofensiva militar na Síria, incluindo o aumento de tarifas ao aço em 50%. “As tarifas sobre o aço aumentarão para 50%, o nível anterior à redução em maio. Os Estados Unidos também interromperão imediatamente as negociações sobre um acordo comercial de US$100 bilhões com a Turquia”, afirmou o republicano em comunicado. O chefe de Estado americano ainda ressaltou que pode “destruir a economia da Turquia” caso o governo de Recep Tayyip Erdogan não encerre os ataques no nordeste do território sírio. “Estou totalmente preparado para rapidamente destruir a economia da Turquia se líderes turcos continuaram com esse caminho perigoso e destrutivo”, ameaçou. Trump também explicou que em breve irá decretar a “imposição de sanções aos atuais e ex-funcionários do governo da Turquia e qualquer pessoa que contribua para as ações desestabilizadoras no nordeste da Síria”. No documento, o líder americano informa que as tropas que estão saindo da Síria serão novamente enviadas e permanecerão na região para monitorar a situação, além de defender a ação dos EUA na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).   

Por fim, ele ressaltou que os ataques turcos contra os curdos são uma ameaça a paz e podem colocar em risco a segurança, a estabilidade na região e principalmente a vida de civis.   

“A ação da Turquia está precipitando uma crise humanitária e está estabelecendo condições para possíveis crimes de guerra. A Turquia deve garantir a segurança dos civis, incluindo as minorias religiosas e étnicas”, declarou. Mais cedo, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, já havia anunciado que irá pressionar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para tomar medidas “econômicas e diplomáticas” contra a Turquia. A polêmica teve início na semana passada depois que Trump anunciou a retirada das tropas da região e o governo turco começou uma série de ataques contra a minoria curda que vive na Síria. (ANSA)