WASHINGTON, 21 FEV (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta quarta-feira (21) que o país será “muito forte” em checagens de antecedentes e acompanhamento de saúde mental após o tiroteio em uma escola da Flórida.   

Trump e o vice-presidente, Mike Pence, receberam alunos, professores e familiares das vítimas da Marjory Stoneman Douglas, de Parkland, na Flórida, e também de Columbine (1999), e da Sandy Hook, (2012) na Casa Branca.   

As autoridades serão “mais rigorosas ao checar os antecedentes, colocando mais ênfase na saúde mental, além de muitas outras coisas”.   

Segundo o presidente norte-americano, este “é um problema de longo prazo que temos que resolver e vamos resolver juntos”.   

Falando diretamente aos familiares das vítimas, Trump declarou que todos “estão passando por uma enorme dor e não queremos que outras pessoas passem por isto”.   

Os alunos da escola onde ocorreu o massacre – que deixou 17 mortos – e familiares das vítimas exigiram que o republicano “faça a coisa certa” para evitar que outros episódios do tipo aconteçam no país.   

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Andrew Pollack, pai da jovem Meadow, de 18 anos, morta em Parkland, deu um emocionado depoimento, reclamando que passou por rigorosos controles no aeroporto e até mesmo no elevador para chegar à Casa Branca, enquanto sua filha morreu dentro de uma escola.   

“Nós como país estamos fracassando em relação aos nossos filhos.   

Não podemos subir em um avião com uma garrafa de água, mas deixamos que um animal entre em uma escola e mate nossas crianças”, disse. “Falo por ela, porque ela não está mais aqui. Vamos acabar com isso. Eu não vou parar enquanto não acabarmos com isso. Estou furioso. Deveria ter acontecido um único tiroteio em uma escola e deveríamos ter resolvido isso de uma vez”, acrescentou Pollack.   

Durante a conversa, Trump também pediu sugestões e um dos presentes falou sobre a opção de ter armas trancadas em locais seguros dentro das escolas, o que poderia reduzir o tempo de resposta em caso de ataques.   

Por sua vez, o presidente explicou que a possibilidade de conceder o direito de pessoas altamente treinadas portarem armas em escolas, como professores ou diretores, é certamente uma ideia que será avaliada. “Vamos analisar isto com rigor. Muita gente será contra mas muitos serão a favor. O bom é que haverá muita gente apoiando esta ideia”, disse o republicano.   

Atualmente, todas as escolas norte-americanas são consideradas “gun free zones”, zonas em que é proibido portar armas. Desta forma, para que a mudança fosse possível seria necessário alterar a legislação.   

Na última terça (20), o presidente já havia se mostrado favorável à proibição dos chamados “bump stocks”, usados para transformar armas semiautomáticas em automáticas, que têm venda restrita no país e podem disparar mais de 300 balas por minuto.   

(ANSA)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias