Trump promete anúncio ‘muito importante’ antes de viajar para Oriente Médio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (6) que fará um anúncio importante antes de sua viagem para o Oriente Médio na próxima semana, mas não revelou o teor do comunicado.

“Teremos um anúncio muito, muito importante. Dos mais importantes, e não direi a vocês sobre o que é. E é muito positivo”, afirmou o mandatário no Salão Oval da Casa Branca.

“Será um dos anúncios mais importantes feitos nos últimos anos sobre determinado assunto”, acrescentou.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, que se reuniu com o presidente republicano nesta terça, respondeu secamente: “Estou ansioso”.

Trump viaja de 13 a 16 de maio para Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos na primeira viagem ao exterior de seu segundo mandato, após uma breve passagem por Roma para o funeral do papa Francisco.

“Não estou dizendo que se trata necessariamente de comércio”, disse posteriormente o magnata, que lançou uma ofensiva tarifária mundial e visitará três monarquias ricas em petróleo.

Diplomatas afirmam que os Estados Unidos esperam que haja progressos em relação a Gaza antes da viagem de Trump. Israel cortou as remessas de alimentos e outros suprimentos direcionados ao território palestino por dois meses, enquanto desencadeia novos ataques.

O presidente americano e seu antecessor, o democrata Joe Biden, buscaram o reconhecimento de Israel pela Arábia Saudita – um passo histórico, já que o reino é o guardião dos dois locais mais sagrados do islã – mas os sauditas disseram que primeiro precisam ver o progresso em direção a um Estado palestino.

Israel afirmou que continuará deslocando a maior parte da população de Gaza, e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, prometeu nesta terça-feira que o território “será completamente destruído”, um ano e meio depois que o Hamas, baseado em Gaza, lançou um ataque sem precedentes contra o território israelense.

Os Estados Unidos apoiaram Israel, mas também mantiveram a esperança de um novo acordo que inclua o retorno dos reféns de Gaza.

O Catar, principal intermediário, afirmou que continua seus esforços.

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