O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a incentivar seus eleitores nesta quinta-feira (3) a votarem duas vezes na eleição presidencial de novembro, para garantir que o voto seja contado.

Trump disse que os cidadãos deverão primeiro votar por correspondência, se essa opção for permitida no estado, e depois no dia da eleição na mesa de votação para garantir que seu voto foi validado e, caso não tenha sido, votar novamente.

“Agora, certifiquem-se de que seu precioso voto foi contado”, disse no twitter.

Este foi o mais recente embate do candidato republicano contra o voto por correspondência, ao qual numerosos eleitores recorrerão, segundo as previsões, devido ao temor gerado pela covid-19.

Mesmo com os incessantes questionamentos de Trump contra o voto pelo correio, essa prática é muito comum e sem registro de maiores problemas nos Estados Unidos.

O próprio Trump utilizará essa opção para votar no estado da Flórida, já que reside na Casa Branca.

O atual presidente americano disse que o aumento do voto por correspondência pode dar margem para uma possível manipulação dos resultados, mesmo que especialistas garantam que não há provas concretas de perigos relacionados a uma fraude.

Segundo as pesquisas, os democratas são muito mais favoráveis a votar pelo correio do que os republicanos.

Trump já havia lançado na quarta-feira a ideia de votar duas vezes na Carolina do Norte.

“Se houver o registro de voto não solicitado, envie-os e depois dirija-se para a mesa de votação. Certifique-se de que foi contabilizado. E se não for, vote novamente.”, disse

A ideia do presidente fez com que as autoridades eleitorais da Carolina do Norte, estado em que o democrata Joe Biden deve vencer Trump, declarassem que “é ilegal votar duas vezes em uma eleição”.

“Pedir a alguém que faça isto, também é uma violação da lei da Carolina do Norte”, disse Karen Brinson, diretora da autoridade eleitoral desse estado.

Segundo as pesquisas de intenção de voto, Biden é o favorito na disputa com Trump.

Entretanto, especialistas advertem que Estados Unidos está exposto a uma incerteza após a votação de 3 de novembro devido a circunstâncias inusitadas.

Com uma quantidade de votos por correspondência maior que a habitual, poucos analistas esperam que o resultado seja divulgado ainda na noite da eleição.

Trump recusou, por diversas vezes em seus discursos, dizer se aceitará os resultados em caso de derrota.