WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instruiu seu conselheiro da Casa Branca na quarta-feira a investigar se os assessores do ex-presidente Joe Biden encobriram um suposto declínio mental e usaram ilegalmente uma “caneta automática” em nome de Biden para assinar documentos políticos.
Biden, que está lutando contra um câncer, disse que era responsável pelas decisões tomadas durante seu governo e sugeriu que a medida de Trump visa distrair os norte-americanos de um projeto de lei no Congresso que estenderia os cortes de impostos para os ricos.
O republicano Trump há muito tempo afirma que Biden, um democrata que o derrotou na eleição presidencial de 2020, era mentalmente incompetente e sugeriu que o uso de “caneta automática” para assinar memorandos, decretos e concessões de clemência durante o mandato de quatro anos de Biden pode ter sido impróprio, potencialmente tornando-os inválidos.
Em uma declaração no final da quarta-feira, Biden rejeitou essas sugestões.
“Deixe-me ser claro: eu tomei as decisões durante minha Presidência. Tomei as decisões sobre perdões, decretos, legislação e proclamações. Qualquer sugestão de que não o fiz é ridícula e falsa”, disse ele em um comunicado.
A equipe de Biden afirmou que o uso de “caneta automática” é uma prática legal bem estabelecida após uma decisão presidencial.
O ex-presidente, agora com 82 anos, deixou de ser o candidato democrata à Presidência no ano passado após um debate desastroso contra Trump que ressaltou as preocupações sobre sua idade e capacidade de servir como comandante-chefe por mais quatro anos. Trump derrotou a ex-vice-presidente Kamala Harris, que se tornou a candidata democrata à Presidência, em novembro.
O escritório de Biden informou no mês passado que o ex-presidente foi diagnosticado com uma forma agressiva de câncer de próstata. Esse acontecimento e um novo livro que cita preocupações entre membros do Partido Democrata sobre a acuidade mental de Biden enquanto buscava a reeleição chamaram novamente a atenção para a saúde do ex-presidente.
Enquanto estava no cargo, os assessores de Biden negaram que sua acuidade mental tivesse diminuído, mesmo reconhecendo que ele havia envelhecido.