O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta quinta-feira (7) que as universidades apresentem os dados raciais dos candidatos, para provarem sua imparcialidade na admissão dos estudantes.
A Suprema Corte encerrou em 2023 a chamada “discriminação positiva”, ao determinar a inconstitucionalidade dos processos de admissão em universidades que levavam em conta a cor da pele ou origem étnica dos estudantes, mas afirmou que as instituições poderiam usar declarações pessoais de experiências raciais dos candidatos para decidir sobre a sua admissão.
Em memorando divulgado hoje, Trump denunciou “a falta persistente de dados disponíveis, acompanhada do uso desenfreado” dessas declarações “e outros indicadores raciais evidentes e velados”. “Uma transparência maior é essencial para expor práticas ilegais e, em última instância, livrar a sociedade de hierarquias raciais vergonhosas e perigosas.”
Trump empreende uma campanha contra as universidades americanas, que acusa de serem focos de ideologia anticonservadora, antissemitismo e “wokismo”, termo pejorativo que se refere àqueles que defendem os direitos das minorias.
O decreto de hoje exige que as universidades expandam seus relatórios ao Centro Nacional de Estatísticas de Educação, para “proporcionar uma transparência adequada nas admissões”.
Como parte de suas ações para controlar o ensino superior, Trump usou as verbas federais como instrumento de pressão para que as universidades que considera excessivamente progressistas se submetam a mudanças nos currículos, matrículas e outros aspectos.