18/09/2019 - 14:45
O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (18) seu novo conselheiro de Segurança Nacional: O enviado especial para a libertação de reféns Robert O’Brien assumirá o lugar do ‘falcão’ John Bolton.
“Estou feliz em anunciar que vou nomear Robert C. O’Brien, que teve um grande sucesso como enviado especial presidencial para a libertação de reféns do Departamento de Estado, como novo conselheiro de Segurança Nacional. Trabalhei longa e arduamente com Robert. Ele fará um bom trabalho!”, tuitou o presidente dos Estados Unidos.
Na véspera, Trump já havia dito que o diplomata estava entre os favoritos. “Acho que ele é fantástico”, chegou a afirmar.
O’Brien chega à sua nova posição com o apoio do secretário de Estado, Mike Pompeo, e de republicanos no Congresso.
Bolton, em contraste, era uma figura muito controversa em Washington. Sua postura de uma política externa agressiva e intervencionista se chocou com as iniciativas mais isolacionistas de Trump.
Conhecido por sua reputação de defender a entrada dos EUA em guerras, Bolton foi demitido por Trump em 10 de setembro. No anúncio, o presidente alegou inúmeras divergências entre ambos a respeito de temas sensíveis como Irã, Coreia do Norte e Afeganistão.
O’Brien será o quarto conselheiro de Segurança Nacional do governo Trump, um posto-chave na Casa Branca. Ele chega ao cargo em um momentos em que o presidente é pressionado por alguns em Washington para ir à guerra com o Irã em represália por um ataque contra instalações petroleiras na Arábia Saudita no último final de semana, que se atribuiu a Teerã.
No livro publicado em 2016, “While America Slept” (Enquanto os Estados Unidos dormiam, em tradução livre), O’Brien criticou as tentativas do então presidente, Barack Obama, de apresentar um país mais colaborativo e moderado.
Isso, na sua opinião, significava que “os autocratas, os tiranos e os terroristas estavam encorajados”, argumentou.
Momentos antes de nomear O’Brien, Trump anunciou um aumento “substancial” das sanções contra o Irã, já afetou pelas medidas punitivas econômicas aplicadas pelos Estados Unidos.
O governo Trump tambén comemora os excelentes resultados na libertação de reféns, ou prisioneiros, cuja detenção no exterior é considerada por Washington como injusta, ou motivada politicamente.
Nesse processo, vários americanos detidos na Coreia do Norte voltaram para os EUA, assim como o pastor Andrew Brunson, solto pela Turquia ao fim de uma grave crise diplomática.
Em julho, Trump também surpreendeu ao enviar Robert O’Brien para cuidar do caso do rapper americano A$AP Rocky, julgado por agressão na Suécia, um país aliado dos Estados Unidos.
O presidente acusou Estocolmo de menosprezar o destino dos negros americanos. O rapper acabou condenado à prisão, com possibilidade de suspensão condicional da pena.