WASHINGTON, 20 OUT (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta segunda-feira (20) ter dito ao seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que seu país deveria ceder a região de Donetsk à Rússia ou seria destruída.
A declaração rebate as reportagens divulgadas pela imprensa norte-americana no último domingo (19), que revelaram que o republicano teria pressionado o líder ucraniano, durante um encontro na Casa Branca, a aceitar os termos propostos por Moscou para encerrar a guerra, como “ceder todo o Donbass”.
Em fala com jornalistas a bordo do Força Aérea Um, Trump afirmou que o tema não foi abordado entre os dois líderes e voltou a defender uma solução negociada para o conflito entre Rússia e Ucrânia.
“Não, nunca discutimos isso. Achamos que o que eles – Rússia e Ucrânia – deveriam fazer é simplesmente parar nas linhas onde estão, as linhas da batalha, agora mesmo, pois o resto é muito difícil de negociar”, declarou ele, citando pela imprensa norte-americana e ucraniana.
O líder norte-americano ainda destacou que a região de Donetsk deve permanecer como está atualmente, observando que acredita que a Rússia controla “78% do território”.
“Eles podem negociar algo mais tarde. Mas eu digo: Parem de lutar, parem de matar pessoas”, sugeriu Trump, referindo-se à região de Donetsk, no leste da Ucrânia, que é palco de intensos combates desde o início da invasão russa, em 2022.
No mesmo contexto, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que suas forças assumiram o controle de uma pequena vila na região de Donetsk, no sudeste da Ucrânia. A informação foi divulgada pela agência estatal Tass.
As autoridades russas não especificaram o nome da localidade ocupada, e as declarações ainda não puderam ser verificadas de forma independente.
A região de Donetsk é uma das quatro províncias ucranianas que Moscou reivindica como parte de seu território, apesar da condenação internacional e da resistência armada da Ucrânia.
(ANSA).