Trump insiste que ataques no Irã causaram ‘grande destruição’

HAIA, 26 JUN (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou nesta quarta-feira (25) na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Haia, e insistiu que as instalações nucleares bombardeadas no último fim de semana foram destruídas.   

Durante seu pronunciamento, o republicano disse que a ofensiva contra as três principais usinas do programa nuclear do Irã: Natanz, Fordow, que fica dentro de uma montanha, e Isfahan foi “excelente” e causou “grande destruição”, além de garantir o fim “da guerra de 12 dias”.   

“Os ataques atrasaram as atividades nucleares do Irã em muitos anos”, afirmou Trump, reforçando que o conflito entre Israel e o país persa foi encerrado, após um acordo de cessar-fogo.   

Segundo ele, os dois países “estão exaustos, lutaram de forma muito violenta”, mas “talvez isso possa recomeçar em algum momento, talvez em breve”, apesar de achar “que a guerra acabou realmente quando acertamos as instalações nucleares”.   

Para Trump, o Irã deve abandonar, ao menos por enquanto, o desenvolvimento de suas usinas nucleares, mas se fizer isso, “estaremos aqui”.   

O presidente dos EUA enfatizou ainda que o governo iraniano “lutou bravamente”, mas agora “precisam de dinheiro para consertar o país, precisam se recuperar” e, portanto, não atingirá o petróleo deles.   

“Não vejo a possibilidade de eles se comprometerem com a energia nuclear novamente. Os Estados Unidos continuam no caso. Se eu não estiver lá, haverá outro”, garantiu.   

O magnata também revelou que representantes dos EUA se reunirão com o presidente iraniano para discutir o programa nuclear “na próxima semana”, mas afirmou que não acha “que um acordo seja necessário, porque eles não têm mais energia nuclear”.   

Por fim, Trump voltou a elogiar o acordo feito entre os países-membros da Otan, que prevê um aumento dos gastos militares em 5% do Produto Interno Bruto (PIB).   

De acordo com ele, isto “é uma vitória monumental” para os Estados Unidos, que estava “carregando um fardo injusto”.   

“Também é uma vitória para a Europa e a civilização ocidental.   

Não sei se é meu mérito, mas acho que é meu mérito”, concluiu.   

(ANSA).