NOVA YORK, 23 SET (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na 80ª Assembleia-Geral das Nações Unidas que conversou brevemente com seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e que ambos vão se encontrar na semana que vem.
As declarações chegam na esteira do tarifaço de 50% contra as importações brasileiras e das sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por conta do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de Estado.
“O Brasil enfrenta agora grandes tarifas em resposta contra seus esforços sem precedentes para interferir nos direitos e liberdades de cidadãos americanos e outros”, disse Trump em um discurso de quase uma hora.
“E eu não tenho problemas em dizer isso porque eu estava entrando [no plenário] quando o líder brasileiro estava saindo.
Eu o vi, e ele me viu, nós nos abraçamos”, afirmou o republicano, acrescentando que os dois concordaram em se encontrar na semana que vem, porém sem dar mais detalhes sobre a data e o local da reunião.
“Não tivemos muito tempo para falar, só uns 20 segundos, mas, olhando em retrospecto, ainda bem que eu esperei. Nós tivemos uma boa conversa. Ele parece um cara muito legal, na verdade.
Ele gostou de mim, e eu gostei dele, e eu só faço negócios com pessoas de quem eu gosto. Tivemos uma excelente química, e isso é um bom sinal”, acrescentou.
Em relação às tarifas aplicadas ao Brasil, o magnata disse que “sempre vai defender os direitos” dos EUA e que o pais sul-americano só vai se dar “bem” quando trabalhar em conjunto com Washington.
Trump não citou Bolsonaro em nenhum momento do discurso.
(ANSA).