21/04/2018 - 12:32
Donald Trump garantiu, neste sábado (21), que seu advogado pessoal, Michael Cohen, não se voltará contra ele, em meio a uma investigação judicial que poderia ter resultados negativos para o presidente americano.
Em uma série de tuítes, o mandatário desmentiu uma reportagem do jornal The New York Times relatando, baseada em várias fontes, que Cohen foi maltratado por Trump com “insultos gratuitos, comentários condescendentes e pelo menos duas vezes com ameaças de demissão”.
A reportagem busca “destruir Michael Cohen e sua relação comigo, com a esperança de que ele mude de lado” em seu depoimento, disse o presidente. “Não imagino Michael fazendo isso, apesar da terrível caça às bruxas e da mídia desonesta”.
Trump ainda afirmou que Cohen “é um homem de bem, com uma família maravilhosa”.
Fiel defensor de Trump, Cohen foi o advogado principal da Trump Organization, grupo nova-iorquino do magnata, hoje dirigido por seus familiares, e também foi um dos porta-vozes da campanha presidencial.
O FBI, que investiga Cohen, fez uma operação de buscas em seu escritório, sua casa e seu quarto de hotel e confiscou milhares de documentos e arquivos. O presidente já denunciou, então, uma “caça às bruxas”.
Embora Cohen, de 51 anos, não tenha sido indiciado, ele é investigado pelo escritório do procurador federal em Manhattan há algum tempo, que lia secretamente seus e-mails, em um novo capítulo das investigações realizadas pelo procurador especial Robert Mueller, que estuda uma possível relação da Rússia com a campanha eleitoral de Trump.
A Justiça está particularmente interessada nos negócios de Cohen. O advogado reconheceu publicamente ter pagado 130 mil dólares para Stormy Daniels em novembro de 2016, supostamente para silenciar a atriz, que alega ter tido um relacionamento com Trump em 2006, quando o presidente tinha acabado de ter um filho com sua esposa Melania.
Trump nega qualquer caso com a atriz pornô, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, e diz que não estava ciente desse pagamento.