WASHINGTON, 14 DEZ (ANSA) – O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria disposto a permitir que Bashar al Assad continue no poder na Síria até 2021, quando o país árabe realizaria eleições.   

A informação é da revista “The New Yorker”, que cita dirigentes norte-americanos e europeus. A decisão refletiria as limitadas opções à disposição da Casa Branca e o sucesso da aliança entre Rússia, Irã e Turquia, que ajudou Assad a manter seu cargo.   

Desde o início da guerra na Síria, os EUA apoiam a destituição do presidente, mas, no começo do mandato de Trump, o governo norte-americano deu indícios de que a queda de Assad não era mais uma prioridade. A situação mudou em abril, após o ataque químico atribuído ao regime de Damasco. Em outubro, durante uma viagem ao Oriente Médio, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, havia dito que Assad não teria “nenhum papel” no futuro da Síria.   

Dada a realidade política e militar do país árabe, a Casa Branca, segundo a “New Yorker”, concluiu que qualquer transição de poder dependerá de eleições livres conduzidas pelas Nações Unidas, envolvendo milhões de refugiados e fazendo emergir uma oposição mais confiável, meta que demandaria tempo. (ANSA)